HOSPEDABILIDADE DE PLANTAS MEDICINAIS A MELOIDOGYNE PARANAENSIS

Abstract

Meloidogyne paranaensis é uma espécie polífaga de grande importância para a cultura do cafeeiro devido à alta agressividade a Coffea arabica, em alguns estados brasileiros. Os nematoides podem comprometer tanto qualitativamente quanto quantitativamente a produção de plantas medicinais. No presente trabalho, considerando a importância tanto econômica quanto terapêutica dessas plantas, avaliou-se a reação de sete importantes plantas medicinais a duas populações do nematoide M. paranaensis (fenótipos de esterase P1 e P2). Os ensaios foram instalados em casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado com seis repetições. As plantas foram multiplicadas por estaquia e transplantadas para vasos de 2,5 L preenchidos com mistura de latossolo vermelho mais areia, vermiculita e composto orgânico, respectivamente, na proporção 3:1:1:1, mais a formulação 4-14-8 (100g para cada 40 L da mistura). Após o transplante, as plantas foram inoculadas com 5.000 ovos de cada população de M. paranaensis, separadamente. Após 90 dias de cultivo, foram colhidas as raízes das plantas nas quais foram determinados: o índice de galhas e o fator de reprodução. Não foram detectadas diferenças de hospedabilidade das plantas (suscetibilidade/resistência) para as duas populações de M. paranaensis. Os
acessos de Hypericum perforatum, Melissa officinalis, e Solanum lycopersicum (tomateiro-testemunha) foram consideradas como plantas boas hospedeiras (BH), ou seja, suscetíveis às duas populações de M. paranaensis. Pogostemon cablin e Pfaffia glomerata apresentaram-se em situação intermediária, sendo classificados como hospedeiros intermediários (HI), enquanto Artemisia annua e Cordia verbenacea como plantas más hospedeiras (resistentes). Catharanthus roseus distinguiu-se por apresentar elevado índice de galhas, sem contudo permitir a multiplicação do nematoide (má hospedeira).